@MASTERSTHESIS{ 2023:789248009, title = {CARACTERIZAÇÃO DA VARIÁVEL CATACLÍSMICA AE AQUARII VIA RAIOS X}, year = {2023}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/151", abstract = "AE Aqr é uma Variável Cataclísmica de tipo polar intermediário enigmática. Embora a observação de pulsação em raios X evidencie a presença de uma coluna de acreção, típica em sistemas desse tipo, há indicações de que parte da acreção pode estar ocorrendo já nas regiões mais externas da magnetosfera da anã branca. Essa interpretação, tal como apontado na literatura, vem da constatação de {\it spin-down} da anã branca ($\dot{P}_{rot} \sim 10^{-14}\,s\, s^{-1}$) observado no óptico, de radiação não-térmica observada em rádio, de plasma emissor em raios X de baixa temperatura ($k\text{T} \sim 5\, \text{keV}$) e baixa luminosidade ($L_{\text{x}; 0,3 -10 \text{keV}}\,\sim 10^{31}\, erg\, s^{-1}$), que pode inclusive ser de densidade relativamente baixa, e da suspeita de ter uma componente não-térmica em raios X. Porém o debate sobre se tratar de um sistema no qual ocorre acreção magnetosférica persiste na literatura. Neste trabalho revisitamos observações em raios X de AE Aqr conduzidas pelos satélites NuSTAR, Swift e XMM-\textit{Newton} sob a luz de duas abordagens inéditas para esse sistema, que são: (i) verificar se uma descrição de plasma em resfriamento, comum em anãs brancas acretantes, é suficiente para descrever a emissão em raios X observada, e (ii) verificar se há evidência de uma componente não-térmica e se tal componente pode ser explicada através da reflexão de raios X primários -- se não na superfície de sua anã branca, em seu disco de acreção e/ou em material em sua vizinhança. Como resultado principal, observamos que emissão em raios X de AE Aqr pode ser explicada por um modelo de fluxo de resfriamento, desde que sejam considerados reflexão e forte absorção intrínseca dos fótons de raios X primários, com a adição de uma componente térmica individual. Esse cenário implica em uma taxa de acreção de matéria sobre a anã branca equivalente a $ 10^{-11}$-$10^{-10}\, M_{\odot}/ano$ e indícios de que a região de choque primário da coluna de acreção seja alta, de acordo com a baixa temperatura e baixa luminosidade em raios X observada. A taxa de acreção obtida indica que o raio magnetosférico é superior ao raio de corrotação, favorecendo o cenário defendido na literatura de que existem dois sítios de produção de raios X em AE Aqr: um está localizado em regiões mais externas da magnetosfera e o outro em coluna magnética, decorrente de uma parcela do material que ultrapassa a barreira magnetosférica.", publisher = {Observatorio Nacional}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Astronomia}, note = {Divisão de Programas de Pós-Graduação - DIPPG} }