@PHDTHESIS{ 2017:1442383249, title = {Espectroscopia de Alta Resolução no Infravermelho de Estrelas Anãs-M, Anãs-G, Subgigantes-G e Gigantes Vermelhas-K Observadas com o APOGEE}, year = {2017}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/90", abstract = "Nesta Tese, apresentamos resultados pioneiros no estudo químico de estrelas anãs-M e mostramos ser possível obter abundâncias detalhadas para treze elementos (C, O, Na, Mg, Al, Si, K, Ca, Ti, V, Cr, Mn e Fe) a partir da análise em ETL dos espectros na região do infravermelho, entre 1.5 – 1.7 μm, obtidos pelo survey APOGEE. Duas estrelas anãs-M com exoplanetas detectados pela missão Kepler, Kepler-138 e Kepler- 186, foram analisadas em detalhe pela primeira vez na literatura. Nossos resultados indicam que ambas as estrelas possuem metalicidades quase solares, [Fe/H] = -0.09 e -0.08 dex para Kepler-138 e Kepler-186, respectivamente. As metalicidades obtidas para estas estrelas são aproximadamente ∼0.2 dex mais altas que as estimativas da literatura. Estes trabalhos utilizam espectros em baixa resolução e estas diferenças sistemáticas são decorrentes da não consideração das contribuições das linhas de CO e H2O, que afetam as intensidades e larguras equivalentes das linhas espectrais, de Na I e Ca I, utilizadas para determinar as metalicidades em baixa resolução. Um resultado obtido neste trabalho foi que a estrela Kepler-186 é um pouco rica em silício ([Si/Fe] = +0.18), elemento este que controla a estrutura interna de planetas rochosos. Analisamos também uma amostra de 13 estrelas anãs-M (que podem ser utilizadas como uma amostra de calibração), onde 11 destas estão em sistemas binários e outras duas possuem medidas precisas de raio através da interferometria. Nossos resultados indicam que a escala de metalicidade para as estrelas anãs-M, obtida nesta Tese, é compatível com a escala de metalicidades obtida usando espectros ópticos de alta resolução da literatura para as estrelas primárias quentes (tipos espectrais K e G), sem diferenças sistemáticas significativas. Nossa escala de metalicidades também pode ser confirmada a partir do estudo de duas estrelas anãs-M pertencentes ao aglomerado aberto M 67. Obtivemos que as estrelas anãs-M analisadas tem metalicidades muito próximas à solar, o que é esperado para este aglomerado que já foi muito estudado na literatura. A amostra de estrelas analisadas, em M 67, incluiu também: duas anãs-G de tipo solar, duas subgigantes de tipo-G e duas gigantes vermelhas de tipo-K, cobrindo um intervalo de massa entre 0.50 e 1.30 M⊙. A metalicidade média obtida para as oito estrelas analisadas de M 67 foi: 〈A(Fe)〉 = 7.48 ± 0.02, demonstrando um alto grau de homogeneidade. Além do ferro, determinamos também as abundâncias dos seguintes elementos: C, N, O, Na, Mg, Al, Si, K, Ca, Ti, V, Cr e Mn. As abundâncias de 12C e 14N obtidas, revelam a assinatura da primeira dragagem, onde: 12C/14N = 2.34, para estrelas subgigantes e 12C/14N = 1.73, para estrelas gigantes vermelhas. Observamos também que mecanismos de difusão e/ou assentamento gravitacional podem estar presentes nas estrelas anãs de M 67 e que as abundâncias dos elementos mais leves, como Na, Mg, Al e Si, são as mais afetadas. Outro resultado obtido, para M 67, é que a estrela 2M08510076+1153115 é uma gêmea solar. O aglomerado aberto NGC 2420 também foi estudado nesta Tese. As abundâncias de 16 elementos químicos (C, N, O, Na, Mg, Al, Si, K, Ca, Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co e Ni) foram determinadas em 12 estrelas gigantes vermelhas deste aglomerado. As abundâncias obtidas apresentam diferenças sistemáticas quando comparadas com alguns estudos da literatura e obtivemos uma metalicidade média de 〈[Fe/H]〉 = -0.16 ± 0.04. Das 12 estrelas estudadas, identificamos seis como pertencentes ao ramo das gigantes (RGB) e as outras seis ao agrupamento vermelho (RC). As abundâncias de 12C e 14N obtidas são consistentes com a primeira dragagem, onde A(12C) é ligeiramente menor (na média por -0.06 dex) e A(14N) é ligeiramente mais elevado (na média por +0.11 dex). As razões das abundâncias de carbono sobre nitrogênio obtidas, não indicam difereças significativas entre as estrelas destes dois grupos, com valores médios 12C/14N = 2.50 ± 0.29 (RGB) e 2.36 ± 0.18 (RC).", publisher = {Observatorio Nacional}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Astronomia}, note = {Divisão de Programas de Pós-Graduação - DIPPG} }