@PHDTHESIS{ 2019:1371287357, title = {Estudos fotométricos de objetos transNetunianos}, year = {2019}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/76", abstract = "Neste trabalho são apresentados os resultados de estudos fotométricos dos objetos transNeptuni- anos. Foram obtidas magnitudes absolutas e coeficientes de fase (H V e β V para 124 TNOs e H R e β R para 123 TNOs). Calculamos o que nos definimos como cores absolutas H V − H R , e coeficientes de fase relativos ∆β = β V − β R , para 117 TNOs. Os dados observacionais foram obtidos utilizando vários telescópios em diferentes países: Chile, Brasil, Espanha e Reino Unido. Foram usamos dados próprios conjuntamente com dados da literatura para criar curvas de fase. Isto foi feito assumindo um comportamento linear das magnitude reduzidas com respeito do ângulo de fase. Encontramos que os objetos apresentam uma ampla gama H V −H R , que vai desde o azul ate muito vermelho, enquanto que os coeficientes de fase relativos tem uma distribuição unimodal. Observamos que as curvas de fase em diferentes filtros R e V no mesmo intervalo de ângulo de fase podem mostrar diferentes comportamentos, alguns presentando coeficientes de fase negativos. Usamos o parâmetro de Spearman para calcular correlações de H V − H R e ∆β com parâmetros físicos e orbitais com o objetivo de comparar com aquelas que são debatidas na literatura. Não encontramos nenhuma correlação com elementos orbitais considerando a amostra completa nem considerando grupos dinâmicos como é sugerido por outros autores (Tegler & Romanishin, 2000; Peixinho et al., 2012). Encontramos que existe uma anti-correlação entre H V − H R e ∆β, a qual indica que os objetos mais vermelhos têm curvas de fase mais inclinadas no filtro R, enquanto os objetos mais azuis têm curvas de fase mais inclinadas no filtro V . A correlação se cumpre quando consideramos todos os TNOs de nossa amostra, e também para diferentes grupos dinâmicos ou qualquer outro tipo de grupo, i.e. grupos divididos pela magnitude. Portanto sugerimos que a anti-correlação depende de uma propriedade de toda a população, a qual não depende da localização dos objetos, sua temperatura superficial, composição (e/ou albedo) ou tamanho. Sugerimos que a anti-correlação pode ser devida às propriedades microscópicas das superfícies. Encontramos uma correlação de H V − H R e o albedo geométrico p V quando separamos a mostra por grupos de acordo a sua magnitude (como una aproximação ao diâmetro). Para TNOs pequenos com H V > 4,5, a correlação tem r S = -0.7912 e valor-p = 3.34 × 10 −19 , enquanto que para os TNOs maiores H V < 4,5, r S = -0.8986 e valor-p = 3.15 × 10 −8 , consideramos que essa relação seja devida a diferenças de composição possivelmente uma menor quantidade de compostos voláteis nos menores. Para testar nossa hipótese, usamos o modelo de Lumme & Bowell (1981), o qual estabelece que as curvas de fase podem ser caracterizadas por um único parâmetro, o fator de espalhamento múltiplo Q. Como na medida que Q depende dos componentes que descrevem a rugosidade e a porosidade, foi útil para procurar por evidência da ocultação de sombras na oposição ou SHOE (das siglas em inglês Shadow Hiding Opposition Effect), diferente entre as observações feitas no filtro V e R. Encontramos que o modelo não reproduz as curvas de fase observadas. Existe um fenômeno conhecido como efeito da oposição (OE pelas siglas em inglês para Opposition effect) que é um incremento de magnitude observado em objetos do Sistema Solar em ângulos de fase pequenos (Gehrels, 1956; Harris & Young, 1989), o qual a literatura descreve como produzido por dois fenomenos: SHOE (Lumme & Bowell, 1981; Hapke et al., 1998) e pelo fenômeno de retrodispersão coerente da luz CBL, adiante (de Coherent backscatteing of light), o qual foi proposto por Muinonen (1989). Considerando que os TNOs são todos observados em ângulos de fase pequenos α < 8 ◦ , se espera que o SHOE e o CBL fossem sa fontes dominantes que contribuem ao OE. As inclinações das curvas de fase têm relação com o OE de maneira que as curvas de fase mais íngremes indicam larguras angulares finas do OE, o qual contribui ao incremento do brilho de maneira diretamente proporcional ao incremento de Q. Se consideramos o comportamento indicado pela correlação nossos resultados indicam que os TNOs têm um comportamento contrário ao esperado para espalhamento múltiplo e portanto sugerimos que nos TNOs a fonte dominante de OE seja o espalhamento único.", publisher = {Observatorio Nacional}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Astronomia}, note = {Divisão de Programas de Pós-Graduação - DIPPG} }