@PHDTHESIS{ 2024:2132211007, title = {PARÂMETROS ATMOSFÉRICOS E CAMPOS MAGNÉTICOS DE ESTRELAS ANÃS M OBSERVADAS PELO LEVANTAMENTO APOGEE}, year = {2024}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/192", abstract = "Nesta tese apresentamos um estudo espectroscópico de estrelas anãs M a partir de análise de espectros de alta-resolução (R$\sim$22.500) SDSS/APOGEE no infravermelho próximo (1,514--1,696 $\mu$m). A modelagem espectral é realizada a partir do método de síntese espectral, considerando modelos MARCS em ETL, a lista de linhas APOGEE DR17, e o códigos de transferência radiativa Turbospectrum. Estudamos 48 estrelas anãs M do aglomerado das Híades, e obtivemos uma metalicidade mediana para o aglomerado de [M/H]=0,09$\pm$0,03, o que está em acordo com estudos no óptico para estrelas gigantes vermelhas do aglomerado, e concorda com a premissa de homogeneidade química de aglomerados abertos. Determinamos para a amostra estudada das Híades uma inflação de raio mediana entre 1,6$\%$ e 2,4$\%$, que pode ser explicada por uma cobertura de manchas de até $\sim$40$\%$. Determinamos campos magnéticos para 62 estrelas anãs M do aglomerado aberto das Plêiades, a partir da modelagem de quatro linhas de Fe I sensíveis a campos magnéticos e mensuráveis no intervalo de temperaturas efetivas entre 3400 K $\lesssim$ T$_{\rm eff} \lesssim$4000 K, utilizando o código de transferência radiativa Synmast e uma metodologia baseada em Monte Carlo e Cadeia de Markov (MCMC). Os campos magnéticos médios obtidos variam entre $\sim$1,0 e $\sim$4,2 kG, e a maioria das estrelas da amostra encontra-se no regime saturado de campos magnéticos. Identificamos que as estrelas anãs M estudadas apresentam uma inflação de raio mediana entre 3,0$\%$ e 7,0$\%$, a depender da escolha do conjunto de isócronas. Adicionalmente, identificamos que existe uma correlação positiva entre campos magnéticos médios e inflação de raio e cobertura de manchas, o que é uma indicação de que manchas estelares produzidas por intensos campos magnéticos podem ser o mecanismo responsável pela inflação de raio destas estrelas. Determinamos também parâmetros atmosféricos para 34 estrelas anãs M hospedeiras de planetas. Os resultados de abundâncias obtidos indicam que as relações entre [O/M] e [M/H] encontram-se em bom acordo com modelos de evolução galáctica para a vizinhança solar. Derivamos raios planetários para 47 exoplanetas que orbitam a amostra estelar, e identificamos que a grande maioria da amostra planetária é composta por Super-Terras, com um pico na distribuição planetária em R$_{\rm p} \sim$1,2 -- 1,4 R$_{\oplus}$, e uma queda em R$_{\rm p} \sim$1,8--2,0 R$_{\oplus}$, correspondendo a existência do chamado vale do raio. A inclinação do vale do raio com insolação e períodos orbitais indica que o impacto de planetesimais pode ser o mecanismo dominante pela criação do vale associado a amostra. Separamos nossa amostra de exoplanetas em sistemas multi-planetários e exoplanetas em sistemas contendo apenas um planeta detectado, e identificamos que o primeiro grupo apresenta uma relação positiva entre metalicidades estelares e raios planetários, ao passo que o segundo apresenta dois regimes, com exoplanetas de tamanho terrestre e Super-Terras orbitando estrelas com [M/H]$<$0, e exoplanetas de diferentes tamanhos, incluindo sub-Netunos orbitando estrelas de maior metalicidade. Identificamos também que exoplanetas em sistemas multi-planetários orbitam na média estrelas de menores metalicidades ($<$[M/H]$>$=$-$0,29$\pm$0,16), do que exoplanetas de sistemas com um planeta ($<$[M/H]$>$=$-$0,02$\pm$0,18). Determinamos também os valores de campos magnéticos médios para 29 destas estrelas. Diferentemente do que encontramos para o aglomerado das Plêiades, os campos magnéticos médios das estrelas hospedeiras de planetas encontram-se no regime não-saturado, e apresentam valores de campos magnéticos médios variando entre $\sim$0,2 e $\sim$1,5 kG. Estudamos a habitabilidade em 43 exoplanetas que orbitam estas estrelas, e identificamos que apenas os exoplanetas Kepler-186f e TOI-700d se encontram em suas zonas de habitabilidade, com os demais exoplanetas estudados apresentando temperaturas de equilíbrio e níveis de insolação muito altos para manter água líquida na superfície. Determinamos também o campo magnético planetário mínimo necessário para que os exoplanetas da amostra consigam manter uma magnetosfera do tamanho da Terra atual, e encontramos valores para Kepler-186f e TOI-700d de respectivamente 0,65 e 3,02 G. Para uma magnetosfera igual a da Terra há 3,4 bilhões de anos atrás, quando já havia vida, os campos magnéticos planetários mínimos são de respectivamente 0,05 e 0,24 G. Assim, estes exoplanetas provavelmente conseguem se defender de ventos estelares gerados pela ação dos campos magnéticos estelares, e são bastante interessantes para estudos de habitabilidade.", publisher = {Observatorio Nacional}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Astronomia}, note = {Divisão de Programas de Pós-Graduação - DIPPG} }