@PHDTHESIS{ 2024:303489685, title = {RINGS DIVERSITY AROUND SMALL SOLAR SYSTEM BODIES: DISCOVERIES AND DETECTION LIMITS}, year = {2024}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/191", abstract = "A primeira detecção de um sistema de anéis por meio de ocultação estelar, um marco significa tivo na história da ciência planetária, ocorreu em 1977. Naquela ocasião, astrônomos descobriram inesperadamente os anéis de Urano enquanto estudavam a atmosfera do planeta. Esta descoberta foi seguida por uma similar em 1984, quando os anéis de Netuno foram detectados como arcos usando o mesmo método. Há uma década, um sistema de anéis foi identificado ao redor do objeto Centauro (10199) Chariklo, marcando a primeira ocorrência de tal caracterı́stica em um pequeno corpo além dos planetas gigantes. Essa descoberta sugeriu que sistemas de anéis poderiam ser mais comuns entre pequenos corpos do Sistema Solar do que se acreditava anteriormente, como evidenciado por descobertas subsequentes ao redor do planeta anão Haumea e indicações de anéis ou material cometário ao redor do Centauro (2060) Chiron. Considerando que alguns autores sugerem que a atividade cometária pode estar relacionada à presença de anéis, investigamos a proximidade de pequenos corpos no sistema solar externo, usando a técnica de ocultação estelar para procurar sinais de material confinado. Uma ocultação estelar ocorre quando um objeto é observado bloqueando a luz de uma estrela distante durante um certo intervalo de tempo. Observar a luz da estrela antes, durante e após a ocultação nos permite coletar informações detalhadas sobre a posição astrométrica, tamanho, forma, atmosfera e sistemas de anéis do objeto. Em termos de resolução espacial, este método altamente preciso pode revelar detalhes finos que são difı́ceis de detectar em observações baseadas em solo, tornando-se inestimável para estudar Objetos Pequenos do Sistema Solar distantes e fracos. Os objetos Centauros (60558) 174P/Echeclus, 29P/Schwassmann-Wachmann 1 e (2060) Chiron exibiram erupções regulares, tornando-os alvos ideais para a busca de material confinado. Primeiramente, examinamos curvas de luz de ocultações estelares do Centauro ativo Echeclus observadas entre 2019 e 2021. Embora nenhuma caracterı́stica indicativa de material circundante tenha sido detectada, limites de detecção foram estabelecidos e as propriedades fı́sicas de Echeclus foram derivadas. Observamos a primeira ocultação estelar por 29P em dezembro de 2022 e conseguimos encontrar indicações de material confinado simetricamente distribuı́do ao redor do objeto. Observações de ocultação de Chiron foram conduzidas em 2018, 2019 e 2022 para caracterizar suas estruturas ao longo do tempo. O evento de 2019, sendo a primeira observação multi-cordas deste Centauro, permitiu-nos restringir suas dimensões tri-axiais. As observações de 2022 confirmaram estruturas previamente propostas e revelaram variações significativas de propriedades, como largura e profundidade óptica. Uma ocultação estelar recente de Chiron em 2023 ainda está em análise, mas os dados de alta resolução obtidos no Observatório do Pico dos Dias podem resolver questões pendentes sobre o ambiente de Chiron. A maior descoberta veio após a detecção de um anel além do limite de Roche ao redor do Objeto Transnetuniano (50000) Quaoar. Realizamos uma campanha de observação para caracterizar melhor esse anel em 2022. Nossa análise revelou a presença de um segundo anel ao redor de Quaoar, muito mais próximo ao corpo principal, mas também localizado além do limite de Roche. Esta tese apresenta os métodos desenvolvidos para buscar, caracterizar e estabelecer limites superiores na detecção de material confinado ao redor de pequenos corpos do Sistema Solar. Apresentamos evidências observacionais de que apenas as ejeções de material não são capazes de formar anéis. Devido à diversidade da localização das estruturas confinadas no Sistema Solar e suas propriedades apresentadas aqui, fica mais claro que a formação de anéis ao redor de pequenos corpos só pode resultar de uma combinação de fatores, como colisões (primordiais) ou processos de ejeção, aliados a um ambiente dinâmico favorável ao redor do corpo principal. Nossos achados e propriedades fı́sicas dos objetos estudados são apresentados em associação com os respectivos artigos de pesquisa.", publisher = {Observatorio Nacional}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Astronomia}, note = {Divisão de Programas de Pós-Graduação - DIPPG} }