@PHDTHESIS{ 2024:1129291889, title = {ANÁLISES ESPECTROSCÓPICAS DE ESTRELAS HOSPEDEIRAS DE PLANETAS KEPLER 2 E DE ESTRELAS DO AGLOMERADO ABERTO NGC 6705: CARACTERIZAÇÃO E ATIVIDADE ESTELAR, RAIOS PLANETÁRIOS E ABUNDÂNCIAS QUÍMICAS}, year = {2024}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/162", abstract = "Nesta tese apresentamos um estudo espectroscópico de 201 estrelas de tipos F, G e K que hospedam exoplanetas descobertos pela missão Kepler e Kepler 2 (K2). Analisamos duas amostras, uma contendo 81 estrelas de K2 e 33 da Kepler, cujos espectros foram obtidos com o espectrógrafo Hydra (R ~ 18.500) montado no telescópio WIYN de 3,5 m e cobrindo uma faixa espectral de 6050 a 6350 Å, e outra, contendo 86 estrelas K2, cujos espectros Echelle foram obtidos pelo programa California Planet Search (CPS) observados com o espectrógrafo HIRES (R ~ 60.000) no telescópio Keck I de 10 m, abrangendo uma faixa espectral de aproximadamente 3600 a 8000 Å. Determinamos as temperaturas efetivas (Tef), gravidades superficiais (log g) e metalicidades ([Fe/H]) para todas as estrelas adotando a metodologia espectroscópica que se baseia em medidas de larguras equivalentes e nos equilíbrios de excitação e ionização das linhas de Fe I e Fe II. Os cálculos foram realizados em ETL, usando os modelos de atmosferas de Kurucz e o pacote qoyllur-quipu (q2) que utiliza o código de transferência radiativa MOOG. Construímos uma lista de linhas de Fe I e II adequada para a análise dos espectros Hydra, composta por 25 linhas de Fe I e 5 linhas de Fe II. A lista de linhas utilizada para a análise dos espectros do HIRES contém 61 linhas de Fe I e 13 linhas de Fe II, notando que esta lista não inclui linhas consideradas na literatura como sendo sensíveis a campos magnéticos. As massas e raios estelares para as estrelas da amostra foram determinados combinando os parâmetros estelares (Tef e [Fe/H]), a magnitude V e as paralaxes do Gaia DR3 através do método das isócronas. Os raios estelares medidos apresentam uma precisão interna mediana de 4,2% para a amostra Hydra e 4,6% para a amostra HIRES, resultando em uma incerteza interna mediana de 4,4% e 2,6% nos raios planetários derivados, respectivamente. A distribuição dos raios planetários das amostras Hydra e HIRES para planetas confirmados pequenos revelou o bem conhecido "vale do raio", havendo uma ausência de planetas com raios em torno de Rplanet ~ 1,9 R⊕, o que não seria observado se nossos resultados apresentassem baixa precisão interna. Para a amostra do Hydra, foram exploradas relações entre o raio planetário, o período orbital e a metalicidade. Encontramos que a metalicidade das estrelas K2 aumenta com o raio planetário, tornando-se mais evidente na transição de planetas menores (<4,4 R⊕) para planetas maiores (>4,4 R⊕). Além disso, observou-se que a mediana da metalicidade das estrelas K2 que possuem planetas com P < 10 dias é levemente mais rica em metais, enquanto que para planetas com P ≥ 10 dias é levemente mais pobre em metais. Para a amostra do HIRES, a atividade cromosférica foi medida em 725 espectros correspondentes a 144 estrelas a partir das linhas de Ca II H (λ3968,47 Å) e K (λ3933,66 Å), utilizando o índice S_HK do Monte Wilson; os valores de S_HK também foram convertidos para o indicador de atividade cromosférica log R'_HK. Os valores de log R'_HK foram investigados em função do período de rotação estelar (Prot), e observamos que a atividade cromosférica diminui com o aumento de Prot, embora haja uma grande dispersão em log R'_HK (aproximadamente 0,5 dex) para um dado Prot. A distribuição dos índices R'_HK em nossa amostra de estrelas anãs evidenciou uma escassez de estrelas F e G com níveis intermediários de atividade, conforme encontrado por estudos anteriores: a "lacuna Vaughan-Preston". Por fim, para as amostras Hydra e HIRES, investigou-se o efeito que a atividade estelar pode ter na obtenção dos parâmetros estelares, incluindo na análise linhas de Fe I que são dadas como sendo sensíveis ao campo magnético. Nossos resultados não indicam que haja diferenças significativas entre os resultados das análises sem incluir ou incluindo linhas sensíveis ao campo magnético. No entanto, notamos que as estrelas mais ativas (log R'_HK > -5,0) apresentam uma dispersão maior nas diferenças em Tef e [Fe/H] entre as duas análises. A segunda parte desta Tese consistiu em determinar as abundâncias químicas de 16 elementos (C, N, O, Na, Mg, Al, Si, K, Ca, Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co e Ni) em uma amostra de 11 estrelas gigantes vermelhas do aglomerado do disco galáctico NGC 6705. A análise é baseada em espectros do infravermelho próximo (1,51 - 1,70 μm) do levantamento APOGEE utilizando a técnica de síntese espectral. Os espectros sínteticos foram calculados em ETL utilizando modelos MARCS com geometria esférica com o código de transferência radiativa Turbospectrum. As temperaturas efetivas das estrelas da amostra foram determinadas por meio de calibrações fotométricas, e as gravidades superficiais foram obtidas a partir de equações fundamentais. Nossos resultados indicam que possivelmente sete estrelas da amostra pertencem ao ramo das gigantes vermelhas e quatro ao agrupamento vermelho. Encontramos uma metalicidade média para o aglomerado de ⟨[Fe/H]⟩ = +0,13 ± 0,04, indicando que o NGC 6705 é rico em metais, como esperado para um aglomerado jovem no disco interno da Galáxia. As gigantes vermelhas do NGC 6705 exibem baixas abundâncias de 12C (⟨[12C/Fe]⟩ = -0,16) e um enriquecimento de 14N (⟨[14N/Fe]⟩ = +0,51), que são assinaturas importantes da primeira dragagem do ramo das gigantes vermelhas. O NGC 6705 também fornece informações valiosas para o estudo da mistura estelar, dada sua massa 'turn-off' que é de aproximadamente M ~ 3,3 M⊙. Um resultado interessante dessa Tesa é a identificação de uma assinatura adicional de dragagem nas abundâncias de Na, que são enriquecidas de ⟨[Na/Fe]⟩ = +0,29, tendo uma correção não-LTE muito pequena. As abundâncias de 16O e Al foram encontradas próximas ao valor solar. Todas as abundâncias derivadas sensíveis à mistura são consistentes com modelos estelares de aproximadamente 3,3 M⊙ evoluindo ao longo do ramo das gigantes vermelhas e para o agrupamento vermelho. Resultados anteriores na literatura sugeriram que o jovem aglomerado aberto de disco interno NGC 6705 é enriquecido em elementos-α. Investigamos essa possibilidade por meio de uma análise independente da abundância química de cinco elementos-α (O, Mg, Si, Ca e Ti) e encontramos que abundância média dos elementos-α em relação ao ferro é ⟨[α/Fe]⟩ =-0,03 ± 0,05, o que não está em desacordo com as expectativas das tendências gerais de abundância do disco Galáctico. Estrelas hospedeiras; Abundâncias químicas; Atividade estelar; Exoplanetas; Aglomerado Aberto", publisher = {Observatorio Nacional}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Astronomia}, note = {Divisão de Programas de Pós-Graduação - DIPPG} }